Thursday, September 21, 2006

Segunda-feira

A segunda-feira é nítida, pesada.
A segunda-feira é fria, silenciosa.
É dia de ser normal, banal,
Comum e individual.
Na segunda sou mais eu,
Convivo cara-a-cara comigo.
A luz é fria,
A pela é mais transparente.
O gosto de fim de semana,
Que ainda está na boca,
É amargo e ácido.
A noite de domingo já avisa
Ela é toda segunda-feira.
Nesse dia, busco fazer coisas simples.
Na segunda não cabe sofisticação,
É dia de comer torradas com manteiga,
Arroz e feijão.
É dia de trabalho acumulado,
Se presta à atenção.
A segunda é necessária, vital.
É dia, não noite.
É claro o dia todo.
Segunda óbvia, verdadeira:
Real.