Tuesday, August 29, 2006

Em dia de amor

As veias se entupiam de dor de amor. Quanto amor Leda sentia meu Deus, quanto amor se formou em seu corpo naquele começo de noite. Não podia mais suportar aquilo que lhe pesava o ventre e por onde ela passava, deixava um rastro de amor pelo chão. Leda tinha cheiro e gosto de amor feminino.
Ela não poderia mais viver um segundo daquela maneira, era muito peso, muita dor. O maior amor do mundo. E ela era o mundo em todo seu sentido.
Desesperou-se ao perceber que poderia ter que emendar um dia no outro, não agüentou de dor, estremeceu e em fim;
menstruou na madrugada úmida de chuva.